quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Histórico da Tabela Periódica


Breve histórico sobre a origem da tabela periódica 

No século XVIII, os químicos observaram que alguns elementos apresentavam propriedades semelhantes e diante disso perceberam a necessidade de organiza-los em grupos, de acordo com as suas características.
Lavoisier em 1790 agrupou vinte e dois elementos conhecidos na época de acordo com suas propriedades químicas.
No início do século XIX, Dalton, usando sua teoria atômica, definiu a massa atômica como parâmetro para identificar os elementos, o que possibilitou avanços significativos no estudo da química.
Em trabalhos posteriores, foi observado que a listagem dos elementos a partir dos respectivos pesos atômicos mostrava que algumas propriedades se repetiam em intervalos constantes. Com isso, já eram conhecidos aproximadamente trinta elementos e, com frequência ocorriam novas descobertas, o que tornava conveniente agrupá-los para facilitar a sua descrição.
J. W. Döbereiner, A. B. de Chancourtois (1863)  e J. Newlandes (1864) esboçaram agrupamentos de elementos, relacionando as propriedades observadas com as massas atômicas, mas não obtiveram muito êxito inicialmente em termos de aplicações mais genéricas.
Porém, em 1869, Lotar Meyer e Dimitri Ivanovich Mendeleev, apresentou classificações periódicas que se tornaram as reais precursoras das tabelas atuais colocadas pela Lei de Moseley (1913), conceito atual de número atômico – classificação periódica com os elementos em ordem crescente de números atômicos.


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Cloreto de sódio (Sal de Cozinha)


Cristal de halita.
O NaCl (conhecido como cloreto de sódio) também é chamado de sal de rocha ou sal-gema, cristal de halita.  Por ser um importante conservante alimentar até a década de 1910. O sal, em sua importância, chegou a servir como forma de pagamento.


Estrutura do cristal - célula unitária. 



No Brasil os maiores produtores de sal são o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro. 


O cloreto de sódio é obtido por cristalização fracionada através da evaporação da água de oceanos ou ainda e extraído em minas por meio de técnicas de mineração.

Uma estratégia para a conservação de alimentos é salgamento através da adição de cloreto de sódio (NaCl), historicamente utilizado por tropeiros, vaqueiros e sertanejos para conservar carnes de boi, porco e peixe. A grande concentração de sal no meio extracelular provoca a saída de água de dentro delas.





Ao ser ingerido em grandes concentrações, a estrutura cristalina do sal é dissociada em íons (cátions sódio e ânions cloreto). Dessa forma os íons se lingam a água do organismo por osmose.

Assim, por conta da diminuição de água pura disponível para o sangue, o organismo tende a aumentar a pressão para manter o fluxo de sangue circulando. Isso ocasiona um maior esforço pelo coração levando a problemas de hipertensão.



O sódio e o cloreto são os principais fluídos fora da célula ainda no organismo humano. O processos fisiológicos dependem, muitas vezes da regulação e concentração adequada desses íons, a exemplos como o sistema nervoso central (SNC), rins e coração.

Ao ser dissolvido em água em concentração de 0,9%, o cloreto de sódio tem a função de repositor de íons e regulador da pressão osmótica do sangue. 







sábado, 6 de maio de 2017

Circulo vicioso


Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela!
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:


- Pudesse eu copiar o transparente lume, 

que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:


- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela 

claridade imortal, que toda a luz resume!
Mas o sol, inclinando a rutila capela:


- Pesa-me esta brilhante aureola de nume... 

Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?

Machado de Assis foi um grande escritor brasileiro. 


Nesta poesia, ele fornece várias pistas de formas de energia.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

IV EECM - IV ENCONTRO ALAGOANO DE ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

AVISO
Submissão de trabalhos ENCERRADA. A inscrição realizada a partir de 11/01/2017 será apenas para participação no Evento, sem apresentação de trabalho.
A Comissão Organizadora do IV EECM informa o adiamento do referido evento de dezembro de 2016 para fevereiro de 2017.
O adiamento do IV EECM se deve, dentre outros, a realização de vários eventos locais em períodos próximos e até simultâneos ao EECM. Assim, diante da atual situação econômica e visando a participação de todos, o IV EECM será realizado de 01 a 03 de fevereiro de 2017.
Aos inscritos que desejarem o cancelamento da inscrição, basta enviar-nos um e-mail solicitando a devolução do valor pago.

     O Encontro Alagoano de Ensino de Ciências e Matemática vem sendo consolidado como um dos eventos importantes para a área do ensino de Ciências e Matemática. Nele participam alunos da graduação (bacharelado e licenciatura), pós-graduação (stricto e latu-sensu), bem como professores das redes pública e privada dos diversos níveis da educação e pesquisadores da área. Esse encontro acontece em 2016 em sua quarta edição no Campus A. C. Simões da UFAL, Maceió, Alagoas.
     O principal objetivo do evento é trazer à comunidade de professores, bacharelandos, licenciandos e pesquisadores da área a um momento de reflexão sobre os paradigmas educacionais da prática e da formação docentes nas Ciências e Matemática. Para tanto, esse momento contará com conferência de abertura, palestras, mesas-redondas, minicursos, oficinas e apresentações de trabalhos científicos, reunindo pesquisas e experiências diversificadas dos participantes, que permitam debates e embates construtivos acerca das temáticas apresentadas.

domingo, 9 de outubro de 2016

História da Química no Brasil

     Uma série de artigos, publicados principalmente em Química Nova nos últimos dez anos, nos ajudam a compreender o percurso que vai da implantação das primeiras Escolas e Institutos de Química no país até os nossos dias. Algumas entrevistas com professores que desempenharam papel de destaque neste processo estão também disponíveis. Encontramos ainda publicados um conjunto de fotos e vídeos. Este acervo multimídia encontra-se reunido nesta página, com os correspondentes links de acesso.
     Uma seção, intitulada Vídeos sobre Personagens da Química do Rio de Janeiro, foi criada com o intuito de contar um pouco da história da química no estado, sobre outra ótica. Enquanto que a palavra escrita é precisa, direta, os depoimentos filmados são mais densos do ponto de vista pessoal, trazendo em si a vivência de cada personagem. Em função do último vídeo realizado, sobre a trajetória do Prof. Otto Gottileb e de projetos em andamento para 2013, esta seção foi renomeada para "Personagens da Química do Brasil"
    Acreditamos que está página contribui para difundir a história da química brasileira para as novas gerações de professores e estudantes, e para o público em geral.
     Novidade: Lançamento do Vídeo "Otto Gottlieb e a Química de Produtos Naturais", com a tragetória científica e pessoal do único químico brasileiro indicado três vezes ao Prêmio Nobel. O vídeo apresenta depoimentos de ex-colaboradores e ex-alunos como os professores Massayoshi Yoshida, Maria Auxiliadora Kaplan, Angelo Pinto, Vanderlan Bolzani, Maria Fátima Gonçalves, Cláudia Young, Massuq Kato e de seu flho, Marcel Gottlieb. veja o vídeo
    Contamos com a colaboração da comunidade para ampliar o acervo que pelo momento constituímos. Para contribuições entrar em contato pelo correio eletrônico: memoriasdaquimica@gmail.com
(Texto na íntegra, retirado do site Memórias da Química brasileira)
Clique na imagem e visite o site



sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Aulas de Química - USP


O blog Química Seca divulga um Curso de Química elaborado por professores de química da Universidade de São Paulo. São vídeo aulas em que os professores explicam os conteúdos de forma simples, mas bem elaborada. Vale a pena ver estas vídeo aulas e aprender ou revisar os conteúdos.
(texto retirado do SITE na íntegra)


Sobre o Projeto

     Inspirados em serviços já em uso por Universidades de grande reconhecimento internacional como a Harvard, Yale, Columbia, MIT e Princeton, estamos colocando à disposição de todos um novo serviço da USP, o e-Aulas.

     Este novo serviço expressa o reconhecimento por parte da Universidade de que uma de suas funções é a disseminação do conhecimento, permitindo que professores disponibilizem suas vídeo aulas, e que alunos acessem vídeo aulas de diversas disciplinas da USP. Ele também é aberto ao público. 
     A motivação para o desenvolvimento e implementação do e-Aulas USP foi devido ao grande benefício que se observa com o consumo de objetos de aprendizagem em formato de vídeo disponíveis na Web, que tem demonstrado ser um grande aliado do aluno, que pode acessar este conteúdo de onde estiver.
     Através deste novo recurso esperamos contribuir também para a melhoria do processo ensino/aprendizagem da Universidade de São Paulo.
     Este sistema foi idealizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação da USP. Sua implementação foi coordenada pela Profa. Regina Melo Silveira da Escola Politécnica – EPUSP, e a implantação esteve sob a responsabilidade da equipe técnica da STI – USP. Atualmente o sistema é de responsabilidade da Pró-Reitoria de Graduação, que oferece também suporte ao professor que desejar produzir e/ou disponibilizar vídeo-aulas no sistema e-Aulas USP.


EMENTA

I. Propriedades e Transformações: Propriedades gerais da matéria, O estado gasoso, Transformações químicas, Mudança de fase, Reações de oxidação e redução, Espontaneidade de reações químicas, Velocidade de reações químicas, Compostos orgânicos, Indústria Petroquímica e as cadeias de valor, Compostos orgânicos de O e N, Aminas e amidas, Poliésteres, Poliamidas, Química pré-biótica,Obtenção de energia nos seres vivos. II. Estrutura da matéria: Natureza particular da matéria, Classificação periódica, Número de Avogadro e massa molar. O átomo de Thompson. O átomo de Rutherford. Classificação Periódica baseada em número atômico. Estrutura eletrônica, Íons, espécies neutras e ionização. O potencial de ionização na tabela periódica, Ligação química, Forças intermoleculares, Química dos elementos e seus compostos, Átomo de Bohr, Alotropia de C, Hidrocarbonetos, Compostos orgânicos de O e N – estrutura, Amidas x Ésteres, Química pré-biótica, DNA e Proteínas, Proteínas.


OBJETIVO

A disciplina visa introduzir os conceitos fundamentais da química e suas grandes áreas: Físico-Química, Química Inorgânica, Química Orgânica e Bioquímica. Os conteúdos serão tratadas em duas frentes: "transformações" e "estrutura da matéria". No plano conceitual, são objetivos específicos do curso facilitar a integração das dimensões macroscópica (fenomenológicas), simbólica (linguagem da química) e microscópica (natureza particular da matéria). No tocante à contextualização, o curso visa integrar o plano conceitual ao escopo da dinâmica de transformações do planeta terra, articulando os conteúdos químicos à Geologia, Geofísica e a Meteorologia.


ÍNDICE DE VÍDEOS DA DISCIPLINA

  2. Propriedades das Substâncias
  3. Separação de Misturas
  4. Colóides
  5. Parte Atômica - Estrutura Eletrônica
  6. Ligações Químicas
  7. Constituição das Substâncias: Ligação Covalente e polaridade
  8. Alotropia do Carbono
  9. Substâncias Orgânicas
10. Tranformações Químicas: Leis Ponderais e Representação - parte I
11. Tranformações Químicas: Leis Ponderais e Representação - parte II
12. Aspectos Quantitativos - parte I
13. Aspectos Quantitativos - parte II
14. Energia nas Reações Químicas
15. Cinética das Reações Químicas
16. Eletroquímica
17. Soluções: Aspectos Qualitativos
18. Soluções: Aspectos Quantitativos
19. Equilíbrio Químico
20. Aspectos Macros
21. Acidos e Bases

sábado, 18 de junho de 2016

O papel do químico na sociedade

VIEIRA, Erivaldo.
vieiraqm@outlook.com

A Química é uma ciência que estuda as propriedades e o comportamento da matéria em que se permite ter informações importantes sobre nosso mundo e sua funcionalidade, se tratando de uma ciência prática em nosso dia a dia. [1] As primeiras civilizações, mesmo sem saber, já a conheciam. Os homens da pré-história, por exemplo, usavam os pigmentos naturais para decorar as suas cavernas, que nós utilizamos largamente nos tempos atuais. Encontrados em qualquer parede pintada, nos jeans, camisetas coloridas, nos refrigerantes, nos sucos, em alguns alimentos como a cenoura, beterraba, etc. Há muitos séculos, os fenômenos químicos são estudados. Todo o mundo material é formado por elementos e substâncias químicas. Isso inclui itens básicos como a água, o ar e a terra, e também produtos de consumo obtidos por processos industriais como o papel, as bebidas, os fertilizantes e objetos de plástico de todos os tipos.
A química passou a ter uma presença tão grande em nosso dia-a-dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química. Manlio de Augustinis, presidente do Conselho Regional de Química da IV Região,[2] explica que, sem ela, a civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico quando diz que:

A química está presente em todos os lugares. Através dela foi possível ao homem conhecer universo, utilizar automóveis, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos privilegiados.[2] 

Com isso surge um dos profissionais muito importante na sociedade, este sendo chamado de químico, em que pode trabalhar não só nos laboratórios, mas em todas as atividades que exigem o acompanhamento de um profissional nas diversas esferas sociais. Estas atividades envolvem: projeto, planejamento e controle de produção; desenvolvimento de produtos; operações e controle de processos químicos; saneamento básico; tratamento de resíduos industriais; segurança; gestão de meio ambiente e, em alguns casos específicos, vendas, assistência técnica, planejamento industrial e até direção de empresas. Sem dizer que a chamada química forense tem sido uma grande aliada dos investigadores para a solução de crimes.[2] Uma pequena demonstração do que é a química nos dias atuais, é o que ela pode nos proporcionar. Em tela, podemos citar toda a tecnologia existente, que indiretamente ou diretamente algumas pessoas afirmam que “não podem viver sem”, algumas áreas e linhas da ciência química que seguem desenvolvendo-se juntamente com o auxílio da tecnologia em cursos universitários e técnicos.

Algumas áreas de atuação dos químicos são listadas a seguir:

- Técnicos: cursos realizados durante o ensino médio regular ou após concluírem o ciclo;
- Licenciados em química: profissionais de nível superior que atuam como professores, ensino e pesquisa;
- Bacharéis em química: profissionais de nível superior aptos a trabalharem nas áreas de pesquisa química e laboratórios de controle de qualidade, pesquisa e engenharias diversas;
- Químicos Industriais/Bacharéis com Tecnologia: Aqueles que frequentam cursos de nível superior com ênfase em disciplinas que os qualificam a trabalhar na área de processos industriais, fabricação de materiais para a indústria química, cosméticos, remédios e alimentos;
- Engenheiros da área química: são os profissionais que, além de conduzirem processos industriais, também podem elaborar projetos de equipamentos e instalações para as indústrias do setor.
- Químico Ambiental; preocupasse com a degradação do meio, afim de tentar recupera-lo;
- Químico analítico; analise das características das substâncias.

A profissão do Químico

O profissional da química atua como agente de produção no fabrico de novos materiais que atendam a demanda social. O que o move é a curiosidade por entender como e porque as coisas se transformam e do que elas são feitas, investigando a matéria, a sua composição, suas propriedades e reações entre variações de temperatura, pressão atmosférica, luz e outros fatores.
Ao pensar em um químico, é de imaginar-se o profissional em um laboratório fazendo experiências. No entanto vai bem além do trabalho em um laboratório. O trabalho de um químico realmente começa em um laboratório, mas grande parte desses profissionais está nas indústrias de química e petroquímica, nas linhas de produção, controle de qualidade e nas áreas de planejamento e direção de empresas. O profissional tem um extenso leque de possibilidades à sua frente, podendo trabalhar com meio ambiente, saúde, alimentos e tecnologia e vestuário, só para citar algumas. 
A química está na base do desenvolvimento econômico e tecnológico. Da agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos produtos de origem química. 

Mercado de Trabalho

Para Augustinis, presidente do CRQ IV, diz que o mercado está restrito, e;

Quem deseja seguir a profissão precisa manter uma educação continuada, buscar especialização e aprender técnicas dentro da área que ele atua, pois novas tecnologias são implantadas a cada dia. Com a crise da indústria e o mercado globalizado, os empregos foram afetados. Nas demais áreas da química, prevalecem os altos e baixos.

As oportunidades aparecem nos setores que estão em expansão, como cosméticos, agroindústria, açúcar e álcool, álcool como combustível e aditivo, motores bicombustível, o biodiesel e também a nanotecnologia, que é a manipulação de moléculas para a criação de novos produtos. Há também procura por professores. Para lecionar em curso superior é preciso concluir mestrado e doutorado.
O campo de atuação, dependendo da formação escolhida abrange instituições de ensino, institutos de pesquisa, laboratórios de análises químicas e indústrias petroquímicas, de biotecnologia, automobilística, de vestuário, metalúrgica, e de produtos plásticos.
São Paulo e Mato Grosso do Sul são os estados que concentram o maior número de profissionais eles representam 60% dos químicos no País.[2] A relação abaixo (Tabela 1) mostra algumas das várias áreas, nas quais o profissional da química pode atuar, bem como materiais que devem ser conduzidos e controlados por esses profissionais.

Tabela 1. Atuação do químico
Tipos de materiais
Materiais que devem ser conduzidos e controlados por profissionais da química.
Abrasivos
São materiais usados no polimento e corte de uma variedade de produtos como couros, mármores, metais, madeira etc. Lixas, discos de corte e desgaste, rebolos e esponjas são alguns dos produtos manufaturados pela indústria de abrasivos.
Aerossóis
São sistemas mantidos sob pressão, constituídos por gotículas de líquidos ou partículas sólidas suspensas num gás (propelente), utilizados como spray (atomizador) na aplicação de cosméticos, domissanitários, saneantes, medicamentos, tintas, vernizes, inseticidas, odorizadores de ambiente etc.
Alimentos
A expansão da indústria alimentícia, após a década de 1940, só foi possível pelo surgimento ou aprimoramento de técnicas envolvendo processos químicos como a desidratação, o congelamento e a higienização. Agora, o advento dos alimentos funcionais, enriquecidos com substâncias benéficas à saúde, é a novidade do setor.
Bebidas
O trabalho de um profissional conhecedor das reações químicas que ocorrem durante a produção das bebidas é fundamental para aprimorar a qualidade e impedir o aparecimento de problemas.
Biocombustíveis
O mais conhecido dos biocombustíveis brasileiros é o etanol extraído da cana de açúcar. Outros materiais como cascas de arroz, restos de plantas, óleos vegetais e resíduos já estão sendo usados para gerar energia. Até do lixo urbano pode-se, por exemplo, extrair gases para movimentar veículos e sustentar sistemas de aquecimento.
Borrachas
As borrachas estão presentes na indústria automobilística, na indústria de calçados, na mineração, na produção de brinquedos, na saúde e em muitos outros setores produtivos. Os profissionais da química atuam em toda a cadeia de produção da borracha, respondendo pela análise das matérias primas, formulação e acompanhamento do processo produtivo, entre outras funções.
Catalisadores
São substâncias produzidas pelas indústrias químicas, que afetam a velocidade de uma reação, promovendo um caminho molecular (mecanismo) diferente para ela. O desenvolvimento e o uso dessas substâncias são parte importante da constante busca por novas formas de aumentar o rendimento e a seletividade de produtos, a partir de reações químicas.
Celulose e Papel
As propriedades do papel são resultantes de interações de um grande número de fatores. Para que se obtenha o produto desejado, eles devem ser ajustados por um profissional da química qualificado.
Cerâmicas
A técnica milenar usada para produzir tanto utensílios domésticos quanto materiais de construção como azulejos, telhas e tijolos, é baseada na queima da argila. Esta, depois de retirada da natureza, passa por processo mecânicos e químicos para eliminação de impurezas.
Colas e adesivos
A indústria química desenvolve e produz diferentes tipos de colas (também chamadas de adesivos) para serem aplicadas em diversos materiais: metal, madeira, vidro, entres outros.
Cosméticos
O trabalho dos químicos na indústria cosmética não se resume a aplicar fórmulas, mas consiste também em criar novos produtos, essenciais para garantir o espaço da empresa no mercado.
Defensivos agrícolas
Estima-se que as indústrias de inseticidas, fungicidas e outros produtos para combater pragas e doenças agrícolas tenham faturado, em 2004, cerca de 4,2 bilhões de reais. Nessas empresas, os químicos atuam desenvolvendo princípios ativos e fórmulas de produtos, além de cuidar do controle de qualidade e do meio ambiente.
Essências
O principal trabalho dos químicos nas indústrias de essências é a obtenção do óleo essencial e sua transformação em essência. Isso é feito basicamente por processos de separação de misturas, o que pode ser uma tarefa bastante minuciosa, se considerarmos que alguns óleos chegam a conter mais de 30 substâncias diferentes.
Explosivos
A indústria de explosivos fornece material para diversos outros setores como o automotivo, o minerador, o farmacêutico e o espacial. Em todos eles, a presença do químico é fundamental para garantir não só a qualidade do produto, mas também a segurança do processo de fabricação.
Farmoquímicos
São substâncias e produtos químicos que se transformam em medicamentos. Sua produção caracteriza-se como um processamento químico de síntese orgânica, a partir de compostos químicos como os carboquímicos, petroquímicos, etc.
Fertilizantes
O trabalho dos químicos é fundamental na produção de fertilizantes. O nitrogênio, por exemplo, é encontrado em abundância na natureza, mas, na forma como se apresenta, as plantas não conseguem absorvê-lo. Por isso, foram desenvolvidos compostos químicos que passaram a ser a principal forma de fixar o nitrogênio e torna-lo disponível para os vegetais.
Gases industriais
Os gases industriais desempenham funções essenciais em diversos tipos de indústrias. O hidrogênio, por exemplo, é usado na produção de amoníaco e na hidrogenação de óleos comestíveis, além de ser um importante ingrediente para as indústrias química e petroquímica.
Metais
Hoje o plástico vem sendo cada vez mais utilizado pelas indústrias, mas não é capaz de substituir os metais em certas atividades. É por essa razão que eles ainda ocupam lugar de destaque no cenário econômico mundial.
Meio Ambiente
O trabalho dos profissionais da química nessa área é bastante diversificado, começando pela análise da qualidade da água, do ar e do solo, passando pela elaboração e implementação de programas de gestão ambiental que garantam o desenvolvimento sustentável e, em situações mais críticas, desenvolvendo projetos de recuperação do meio ambiente.
Perícias Judiciais
Os profissionais da química que atuam como peritos judiciais propiciam aos juízes das áreas cível e trabalhista o adequado entendimento da parte técnica existente em processos envolvendo produtos ou empresas do segmento químico.
Petroquímica
Petróleo, gás natural e gás de xisto são fontes, por excelência, da indústria petroquímica, que produz matérias primas básicas para a indústria química e para química, muitas vezes, por meio de segunda e terceira geração de processos de transformação, antes de serem empregadas na fabricação do produto final. Uma parte significativa dos setores de atuação dos profissionais da química depende dessas matérias primas. No processamento industrial utilizado na petroquímica é inegável e obrigatória a presença dos profissionais da química.
Pilhas e baterias
Reações químicas podem converter a energia química em energia elétrica, se ocorrerem em dispositivos especialmente projetados para este fim. Tais dispositivos são chamados de pilhas ou baterias. Elas são classificadas em: primárias (não recarregáveis) e secundárias (recarregáveis).
Polímeros
Os plásticos e as borrachas são as formas mais conhecidas dos polímeros. São usados pelas indústrias, principalmente a automobilística, a eletroeletrônica e a da construção civil, para substituir vidros, cerâmicas, metais, entre outros, por apresentarem custo reduzido e propriedades vantajosas.
Prestação de serviços
Profissionais da química podem atuar como prestadores de serviços em diversos setores, tais como: consultoria técnica e ambiental; análises laboratoriais; limpeza e controle de pragas; armazenagem e transporte de produtos químicos; ensino e pesquisa.
Produtos químicos industriais
A chamada indústria química de base é responsável pela fabricação de insumos – produtos químicos – que serão usados pelas indústrias de transformação para gerar os mais variados produtos: borrachas, fertilizantes, plásticos, tecidos, tintas, etc.
Química forense
Os profissionais da química formados nesta área trabalham com técnicas sofisticadas para ajudar na solução de crimes, detectar adulteração em alimentos, bebidas e combustíveis e investigar o doping esportivo. O químico forense pode atuar como perito para a Polícia Civil e para a Polícia Federal.
Refrigerantes
Os brasileiros são grandes consumidores de refrigerantes, e os profissionais da química são responsáveis por controles em todas as etapas de produção dessas bebidas. Eles atuam no tratamento da água, na elaboração de análises físico-químicas dos ingredientes, no processo de lavagem dos vasilhames, no descarte dos efluentes e em outras etapas.
Saneantes (produtos de limpeza)
Uma vez que os saneantes são produtos químicos que podem causar impacto à saúde e ao meio ambiente, a necessidade de desenvolvimento de produtos cada vez mais seguros e a consequente busca por substâncias alternativas que garantam essa segurança com qualidade e eficiência é um grande desafio para o profissional da química.
Têxtil
Nas indústrias têxteis, o trabalho dos químicos começa na fiação e tecelagem, de modo especial no desenvolvimento das fibras sintéticas. Suas atividades, no entanto, concentram-se na fase de acabamento, quando são usadas enzimas, soda cáustica e uma série de outros produtos e processos químicos.
Tintas
A formulação de tintas e vernizes consiste em definir a proporção adequada dos seus constituintes, de modo a obtê-los com as características e propriedades desejadas. Por isso, o formulador deve ser um profissional da química.
Transporte de produtos perigosos
O transporte de produtos perigosos é regulamentado por uma legislação rigorosa, que detalha como deve ser feita a embalagem, identificação, classificação e sinalização externa do veículo, entre outros itens. O trabalho dos profissionais da química está presente em toda a cadeia de produção, distribuição, transporte e descarte de produtos químicos e resíduos classificados como perigosos.
Tratamento de madeiras
Cupins, brocas e outras pragas ameaçam móveis, objetos, embarcações, construções e tudo que for de madeira. Os químicos atuam na formulação dos produtos que previnem as infestações e combatem as pragas, e são também responsáveis técnicos pelas empresas que fazem tratamento de madeiras.
Tratamentos de superfícies
Uma fina camada metálica pode ser adicionada a uma série de objetos de metal e plástico para aumentar sua beleza, funcionalidade ou durabilidade por meio dos tratamentos de superfícies. São processos que envolvem a química e uma série de procedimentos.
Vidros
O profissional da química atua em todas as etapas da produção de vidros: na seleção, preparação e controle dos materiais, durante o processo de produção e no descarte de resíduos.
Fonte: Adaptado de CRQ IV. Disponível em <http://www.crq4.org.br/o_que_faz_um_quimico> acesso em 18/11/2014.

Quem deseja seguir a profissão precisa ter uma boa dose de espírito investigativo, curiosidade, facilidade de lidar com cálculos, paciência e exatidão. A química não para de se desenvolver e cada pergunta leva a novas perguntas e as respostas raramente são definitivas. Se essa é a sua profissão, seja bem-vindo ao mundo fascinante da pesquisa científica.
A indústria química
A indústria química, compreendida como atividade industrial, praticamente só começou a existir no século XIX. O grande desenvolvimento e sucesso da indústria química têm como base dois pontos: a descoberta de novos produtos e de materiais (em ensaios dentro dos laboratórios) e a sua transposição para a escala industrial. Entre os anos de 1870 e 1880, a Alemanha consegue atingir o ápice na indústria química, inicialmente, na área de corantes sintéticos e, logo depois, nos mais diversos campos. A Inglaterra, berço da revolução industrial, na metade do século XIX era o país mais industrializado do mundo. Possuía indústria têxtil, de sabões, de vidros e siderúrgicas. A produção desses materiais necessitava de grandes quantidades de ácidos e bases que foram supridas por várias indústrias na Inglaterra. Essa mudança só foi possível devido às vantagens competitivas do seu governo que perdurou até a Segunda Guerra Mundial. A capacidade de administrar e de gerenciar foi outra vantagem dos alemães.[3,4]
O período que compreende de 1914 a 1918, corresponde à Primeira Guerra Mundial, é muito importante para a indústria química, pois muitas descobertas ocorreram. Como a principal, podemos citar a síntese direta da amônia a partir do nitrogênio do ar e do hidrogênio. Com o fim da primeira Grande Guerra e a assinatura do tratado de Versalhes, a Alemanha sai completamente derrotada, principalmente sua indústria química, mas mesmo assim consegue erguer-se graças à fusão, criando a IG Farben. Os ingleses também resolvem fortalecer sua indústria promovendo a fusão. Os Estados Unidos proporcionaram um avanço nos processos em batelada para processos contínuos.
Em 1913, ocorreu a maior descoberta: a síntese direta da amônia a partir do nitrogênio do ar e do hidrogênio, desenvolvida por Fritz Haber (Universidade de Karlsuhe) e Carl Bosch (Basf). Em 1918, Fritz Haber recebeu o prêmio Nobel pela síntese da amônia e, em 1931, Carl Bosch pelo projeto e execução das reações catalíticas em alta pressão, cujos estudos foram primordiais para a síntese da amônia.
A indústria química inclui as indústrias que têm a ver com a produção de petroquímicos, agroquímicos, produtos farmacêuticos, polímeros, tintas e etc.
Brito e Pontes (2009) resumem bem os primeiros passos da Indústria Química no Brasil com a fabricação de açúcar através da criação da primeira casa de engenho em 1520. No ano de 1600, outros produtos importantes como o sal, o salitre e a pólvora foram impactantes na economia do país colonial[3].
A indústria da aguardente só veio depois, mesmo o país sendo um produtor de cana-de-açúcar. No ano de 1881 o imigrante italiano Francesco Matarazzo funda a primeira empresa no ramo alimentício. Empresa esta que logo passou a crescer a e ampliar suas atividades para a área química. [...] A indústria química Brasileira sofreu após 1990 (Governo Collor) grandes impactos provocados pela economia Brasileira. Junto com o setor petroquímico, a indústria farmacêutica possui uma grande representação após os anos 90, sendo o segundo maior no setor de vendas do ramo químico.[3]
 Considerações finais
Por diversas vezes, o profissional de química é associado a catástrofes, como ter sua imagem ligada à poluição do ar entre outros fatos ocorridos ao longo da historia do homem. Por isso trona-se necessário à informação para a população em geral sobre o importante trabalho desse profissional na elucidação os fatos e desenvolvimento da ciência Química. Logo para se conhecer a importância do profissional podemos citar conhecimento que o químico tem do ar é a água, em que somente o químico é capaz de conhecer os cuidados que devem ser tomados para que possamos nos utilizar. O químico também é responsável por corrigir os efeitos da poluição atmosférica. Os automóveis são responsáveis por 80% da poluição do ar.
Os fertilizantes ou adubos químicos, que são compostos químicos que visam suprir as deficiências do solo, principal fonte de nutrientes para os vegetais. Eles são utilizados pela agricultura com o intuito de melhorar a produtividade da cultura cultivada. A modernização das técnicas agrícolas possibilitou expandir a indústria de fertilizantes com a criação de várias. A atividade industrial química está passando por mudanças importantes, causadas por várias ameaças e pela percepção de novas oportunidades. No caso do Brasil, o cenário tem componentes bastante positivos, seja do lado das matérias-primas, seja do lado da demanda e da competitividade ou ainda do lado da inovação. Urge explorar essas oportunidades.[4] O pós Segunda Guerra, técnicas novas sugiram e outras foram aprimoradas dando origem a processos químicos como a desidratação, o congelamento e a higienização.
Enquanto que os alimentos naturais não passam por transformações ou sofrem pequenas modificações, os alimentos industrializados sofrem grandes modificações ou são transformados para fins específicos. Outro ramo alimentício que entrou a partir da indústria química foi o da indústria de refrigerantes que surgiu em 1871 nos Estados Unidos, chegando ao Brasil, somente no inicio do século XX, duas décadas depois, em 1920 se consolidou no cotidiano dos brasileiros.

Referencias
[1] BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química - La Ciencia Central. 9ª ed., Pearson Education. 2004.
[2] Conselho Regional de Química IV Região- CRQ IV. Disponível em <http://www.crq4.org.br/o_que_faz_um_quimico>. Acesso em 18/11/2014.
[3] BRITO, Ana Cristina Facundo de; PONTES, Daniel de Lima. Indústria Química e Sociedade.  EDUFRN, Natal, RN. 2009.
[4] GALEMBECK, Fernando;  SANTOS, Ádamo César Mastrângelo dos; SCHUMACHER, Heloisa Cajon; RIPPEL, Márcia Maria; ROSSETO, Renato. INDÚSTRIA QUÍMICA: EVOLUÇÃO RECENTE, PROBLEMAS E OPORTUNIDADES. Quim. Nova, Vol. 30, No. 6, , 2007. p.1413-1419.
Outros sitios visitados
Planeta Orgânico. Disponível em < http://planetaorganico.com.br/site/index.php/1-a-producao-de-alimentos-e-o-surgimento-de-novos-conceitos/>. Acesso em 20/11/2014.
Portal Brasil. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2010/12/industria-farmaceutica>. Acesso em 20/11/2014.

REFERENCIAR:  VIEIRA, Erivaldo. O papel do químico na sociedade. Blog Química Seca. Disponível em: <http://quimicaseca.blogspot.com.br/2016/06/o-papel-do-quimico-na-sociedade.html>.